Treino intenso depois da gravidez pode prejudicar a amamentação

Treino intenso depois da gravidez pode prejudicar a amamentação? Por Gizele Monteiro – Personal Gestante e Coach de mamães – programa Mães em Forma

O treino intenso para emagrecer virou a nova onde e isso também está sendo aderido depois da gravidez.

Treinos como os circuitos com HIIT viraram uma febre com os personais, academias e até programas online.

Esses treinos ganharam também visibilidade na internet através de blogueiras e celebridades. E chegaram inclusive na internet com vários programas online sendo oferecidos … MAS CUIDADO !!!

A pergunta é … esses TREINOS INTENSOS PODEM PREJUDICAR A AMAMENTAÇÃO?

A resposta é SIM!

Retorno aos treinos depois da gravidez

O retorno ao exercício no Pós-parto requer atenção e ajustes sim devido a amamentação e outras mudanças que ocorreram no corpo da mulher.

Sempre deve ser gradativo, mas não só por uma preocupação com a amamentação. Durante o período gestacional muitas alterações corporais

Treino intenso e amamentação
Treino intenso e amamentação

ocorreram e o retorno ao exercício deve sempre ser orientado por um profissional que entenda essas mudanças do organismo feminino, diferenciando assim o programa e o atendimento. Diante desse quadro, voltemos a nossa questão. Um profissional que entende o que acontece com a mulher saberá dosar o exercício numa intensidade adequada para que essa questão não seja respondida de forma positiva.

Não só correr pode prejudicar a amamentação e o corpo da mulher, MAS QUALQUER EXERCÍCIO ORIENTADO DE FORMA INCORRETA.

A produção de leite consome muita energia. Uma mãe em fase de amamentação produz entre 800 e 1200 ml de leite por dia e, para cada litro de leite que a mãe produz, há um gasto entre 500 e 700 (pode ser maior para algumas) calorias em média.

Portanto se o “exercício for intenso ou num volume elevado” e a mulher tiver uma ingestão inadequada poderá prejudicar a amamentação, pelo alto gasto energético que ocorre nesse período. Além do exercício e da ingestão alimentar inadequada, uma hidratação inadequada também poderá comprometer a amamentação. Claro vamos entender … leite é água e se a mulher estiver desidratada pelo exercício ou por não beber a quantidade adequada de água, terá seu leite reduzido ..

Intensidade do exercício

Um outro ponto importante é a própria intensidade do exercício ! As pesquisas relacionadas a amamentação e exercício observam um aumento de ácido lático no leite materno. Esse aumento relaciona-se com a intensidade do exercício, isto é, quanto mais intenso mais ácido lático no leite. A grande discussão era que esse ácido lático poderia modificar o sabor do leite e dessa forma o bebê passaria a não aceitá-lo, sendo então que de forma indireta o exercício estaria interferindo na aceitação do bebê ao leite após o exercício pela mudança no sabor deste.

Alguns autores observaram sim essa resposta! Esses estudos e autores mostraram haver uma diferença na aceitação do leite em mães que realizaram “exercício máximo”, sendo o mesmo associado ao aumento da concentração de ácido lático. Os estudos com intensidades adequadas “não mostraram efeitos negativos” sobre a amamentação.

Então concluindo: ao treinarmos, nosso organismo produz ácido lático e este ácido poderia modificar o sabor do leite, fazendo com que o bebê rejeite o “peito”. Se o bebê não mama, o organismo não tem estímulo para produzir mais leite. Não havendo mais produção, o leite realmente pode “secar”, ou melhor, deixar de ser produzido.

Exercícios bem orientado tem esse efeito que pode ser negativo? Não !

Cary & Quinn (2001) realizaram um estudo com revisão literária e concluíram que até a data analisada, que de forma geral o exercício e amamentação eram atividades compatíveis, sendo que dos vários estudos analisados os mesmos não demonstram efeito prejudicial do exercício durante a lactação não afetando a composição, o volume do leite, o crescimento, o desenvolvimento infantil, ou a saúde materna. O exercício também teria um efeito muito importante na melhora da aptidão cardiovascular nas lactantes e na sensação de bem-estar quando comparara lactantes ativas com mulheres sedentárias.

Procedimento correto da mamãe ao voltar ao exercício:

O correto é que a mamãe volte a prática de exercícios com um programa moderado e especializado – CLIQUE AQUI E CONHEÇA. E isso não quer dizer que não tenha RESULTADOS.

É um engano achar que a intensidade é que trará o resultado na volta do corpo nesse momento. Exercícios especializados TEM MAIS PODER QUE A INTENSIDADE DO EXERCÍCIO.

Também o adequado nessa intensidade é que ela “prepare o seu corpo para a volta gradativa das suas antigas atividade e intensidades”, respeitando os limites de recuperação do corpo … por ex: a barriga (core), postura e o períneo.

Veja esse resultado da minha aluna fazendo exercícios especializados do programa Mães em Forma …

Resultado do programa Pós-parto / Mães em Forma
Resultado do programa Pós-parto / Mães em Forma

A sessão de treino deve ter intensidade adequada para não ultrapassar limites fisiológicos (formando muito ácido lático) e correr o risco de comprometer a amamentação, e também pelo exercício intenso ou em grande volume poder comprometer o sistema músculo-esquelético nesse período.

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  • Cuidados importante com as mamas:

As mamas durante a gravidez ficam maiores e mais pesadas e se mantém assim no período pós-parto durante toda a fase de amamentação. Principalmente para atletas que realizam atividades de impacto, como corrida, certifique-se de que eles estejam bem firmes (talvez seja necessário usar dois tops ou um suporte mais adequado).

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Referências Bibliográficas sobre o tema:

Wallace, JP, Rabin, J. Int J Sp Med. 12 (3) :328-31, 1991. The concentration of lactic acid in breast milk following maximal exercise. Int J Sports Med. 12(3):328-31, 1991.

Wallace, JP, Inbar, G, Ernsthausen, K. Infant acceptance of postexercise breast milk. Pediatrics.89(6 Pt 2): 1245-7, 1992.

Gale B. Carey, Timothy J. Quinn, Susan E. Goodwin. Breast milk composition after exercise of different intensities. J Hum Lact. 13(2): 115-20, 1997.

Quinn, TJ, Carey, GB. Does exercise intensity or diet influence lactic accumulation in breast milk?Med Sci Sp Exerc. 31(1):105-10, 1999.

Cary GB, Quinn TJ. Exercise and lactation: are they compatible? Can Appl Physiol. 26(1):55-75, 2001.

Wright KS, Quinn TJ, Carey GB. Infant acceptance of breast milk after maternal exercise. Pediatrics. 109(4):585-9, 2002.

Su, D, Zhao, Y, Binns, C, Scott, J, Oddy, W. Breast-feeding mothers can exercise: results of a cohort study. Public Health Nutrition. 10(10):1089-1093, 2007.

Gizele Monteiro

Gizele Monteiro

É a maior especialista em Diástase e recuperação da barriga do Brasil e hoje tem alunas em mais de 70 países. Criadora dos Programas Online Mães Sem Diástase, Gravidez Sem Diástase, Pronta para Engravidar, já ajudou mais de 26 mil mulheres a conquistarem o sonho de ter a barriga reta, reverter a diástase sem cirurgia, sem remédio, sem tratamentos estéticos e nessa transformação recuperarem sua autoestima. Autora do primeiro livro no mundo sobre Diástase - Vencendo a Diástase - Buzz Editora.

Gizele Monteiro

Maior especialista em Diástase e recuperação da barriga do Brasil e hoje tem mamães em mais de 70 países. 

Criadora dos Programas Online Mães Sem Diástase, Gravidez Sem Diástase, Pronta para Engravidar

Já ajudou mais de 30 mil mães a conquistarem o sonho de ter a barriga reta, reverter a diástase sem cirurgia. 

Autora do primeiro livro no mundo sobre Diástase – Vencendo a Diástase – Buzz Editora.

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