Profa. Ms Gizele Monteiro
Sempre colocamos em nossas palestras a importância da identificação (ou diagnóstico) da hipermobilidade para quem trabalha com criança. Muitas queixas de dores estão relacionadas aos critérios de mobilidade elevado em vários segmentos corporais.
A reportagem adiante mostra a necessidade dos educadores físicos conhecerem um pouco mais sobre a hipermobilidade.
Hipermobilidade pode causar problemas de saúde, diz especialista
São Paulo – A fisioterapeuta Neuseli Marino Lamari, professora da Faculdade de Medicina de Rio Preto (Famerp), afirma que a hipermobilidade – nível de flexibilidade articular exagerado – pode causar sérios problemas de saúde. Segundo ela, a hipermobilidade não é uma doença, mas um defeito genético dos tecidos, que desencadeia a frouxidão das articulações corporais. O problema é que o diagnóstico é ainda precário.
“Há muitas pessoas que procuram os consultórios reclamando de dores no corpo e o diagnóstico de hipermobilidade nunca foi feito. O ideal seria que em toda rotina de exame físico se incluísse o teste para detectar o portador. Mas este teste ainda é desconhecido pela maioria dos profissionais da saúde.”
Lamari diz que essa flexibilidade exagerada não tem cura e que o paciente deve tomar alguns cuidados, como não realizar tarefas repetitivas, reeducar-se quanto à postura, evitar esportes de impacto e fazer exercícios especiais. As mulheres, que apresentam maior incidência da hipermobilidade, devem realizar atividades para o fortalecimento da musculatura que sustenta a bexiga e o intestino.