C. S. Williamson – British Nutrition Foundation, London, UK
A nutrição e gestação vem sendo discutidas por vários profissionais da área da saúde. Acredita-se que a nutrição na gestação é uma importante ferramenta para a saúde da mulher. Hoje tem sido reconhecido que as mulheres grávidas não devem realmente “comer por dois”.
No entanto, uma dieta saudável e variada, rica em nutrientes, é importante tanto para a mãe quanto para o bebê.
O feto em desenvolvimento obtém a totalidade do seus nutrientes através da placenta. Portanto, a ingestão dietética tem que satisfazer as necessidades da mãe, e permitir que a mãe estabeleça estoques de nutrientes necessários para o desenvolvimento do feto e lactação, após o nascimento.
As diretrizes de uma alimentação saudável para as gestantes são na verdade muito semelhantes as de mulheres não grávidas, com algumas exceções. A principal recomendação é para ter uma dieta saudável e balanceada na gestação, com base no saldo do Modelo de Boa Saúde, que inclui uma abundância de hidratos de carbono complexos, como pão, arroz, massas e batatas, e é rica em frutas e legumes.
Uma dieta saudável inclui quantidades moderadas de alimentos lácteos e proteínas, por exemplo carne magra, peixe, ovos e leguminosas (Feijões e lentilhas), e quantidades limitadas de alimentos ricos em gordura ou açúcar. As alterações no metabolismo conduzem a uma utilização mais eficiente e absorção de nutrientes na gestação, o que significa que, para muitos nutrientes, tais como cálcio, um aumento no consumo alimentar acima do que é normalmente necessária, não é recomendado.
Para alguns nutrientes, no entanto, um aumento no consumo é recomendada. O Reino Unido o COMA estabeleceu Referência Específica Ingestão de Nutrientes (RNIS) para a gestação. Até agora, no Reino Unido, não tem havido muitas pesquisas sobre dieta, centradas na ingestão de nutrientes em gestantes. No entanto, um Estudo Longitudinal Avon de Gravidez e Infância (ALSPAC) coletou dados sobre as dietas de quase 12.000 mulheres com 32 semanas de gestação através de um questionário de freqüência alimentar (QFA).Os dados sugerem que a ingestão de nutrientes para gestantes no Reino Unido são suficientes, com as exceções de magnésio, ferro,e folato (Rogers & Emmett 1998).
Conforme Pesquisa Nacional Nutrição e Dieta (NDNS) de adultos com idades entre 19-64 anos indica que uma proporção das mulheres em idade fértil têm baixa ingestão de várias vitaminas e minerais, em especial a vitamina A, riboflavina, ferro, cálcio, magnésio, potássio e de iodo (Henderson et al. 2003). Estes dados indicam que muitas mulheres em idade de fertilidade não estão atendendo suas necessidades de nutrientes, e esta tem claras implicações para a gestação. Entretanto, a baixa ingestão de alguns nutrientes pode ser atribuída em parte ao consumo de baixa energia, que é um problema comum em pesquisas dietéticas. Os nutrientes de preocupação particular são aqueles para os quais existe um requisito aumentado durante a gestação (vitamina A, riboflavina e folato), bem como de ferro.