Assoalho pélvico depois da gravidez – Por Gizele Monteiro e Vanessa Marques
Você irá entender nesse artigo a importância de uma boa recuperação do assoalho pélvico no pós-parto.
Infelizmente essa ainda é uma área desconhecida pelas mulheres.
O Pós-parto é um período de diversas readaptações no corpo da mulher. Foram meses de transformações em todo seu corpo durante a gravidez e também levará algum tempo para que ele volte ao estado pré-gravídico.
“Independente da sua escolha do parto”, o assoalho pélvico sofre diversas modificações por conta da própria gravidez. Isso é mediado por todas as alterações hormonais e mecânicas, pelo peso do útero e do bebê, aumento de peso gestacional, alterações posturais, etc. Todas essas alterações no seu corpo causam uma alteração também no períneo – assoalho pélvico.
Quando você tem um parto normal (via vaginal) é muito importante que seja analisado e se tenha uma visão individualizada de todos os fatores envolvidos nesse parto, como: o tempo de trabalho de parto, tempo do período expulsivo e até o posicionamento na hora do nascimento.
“Uma fisio obstétrica saberá te orientar em todas essas informações e também prepará-la! É importante você saber isso para entender seu corpo e a recuperação dele”
Do ponto de vista da fisioterapia, a atuação de tratamento para recuperar seu corpo e assoalho pélvico DEVE acontecer assim que houver a liberação médica. E é interessante que ela seja rápida! Não deixe passar muito tempo da liberação do seu médico, para que haja um retorno adequado as funções o quanto antes.
Principais Queixas que ocorrem em relação ao assoalho pélvico depois da gravidez:
- Dor perineal: ocorre devido a pressão que o bebê exerce nos músculos do períneo durante as últimas semanas de gestação e ao trabalho de parto.
- Incontinência urinária/fecal: geralmente acontece até 8 semanas após o parto – força muscular do períneo ainda esta prejudicada podendo causar uma disfunção esfincteriana e consequentemente disfunção urinária ou fecal. Geralmente entre 8 e 24 semanas estes problemas se resolvem porém há casos de persistência de 3 até 1 ano pós nascimento.
- Episiotomia: a episiotomia pode aumentar em até 6 semanas os sintomas de dores perineais. Na episiotomia ocorre uma incisão em músculos importantes do assoalho pélvico. Por isso é tão importante prepará-los para o parto e tão logo recuperá-los no pós-parto.
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“Para recuperar o assoalho pélvico é necessário realizar uma avaliação e infelizmente a maioria das mulheres ainda desconhecem que é possível fazer essa avaliação. Aliás ela é muito importante para sua saúde futura.”
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Avaliação do Assoalho pélvico pós-parto:
– Pós cesárea – na avaliação com a Fisioterapeuta em casos de parto cesárea iremos avaliar funcionalmente o assoalho pélvico analisando as características morfológicas e reflexas do períneo.
– Pós parto vaginal – além das observações citadas acima iremos verificar se existe algum hematoma, ou traumatismo perineal. Além de também a função muscular.
** Importante lembrar que esta avaliação é feita depois autorização do obstetra.
Ações para tratamento do períneo no pós-parto:
Uma das principais intervenções para o controle do edema e dor no períneo são os exercícios para a musculatura do assoalho pélvico.
Estes exercício favorecem a drenagem linfática e venosa, reduzindo o edema e como consequência a dor. Além disso, esses exercícios promovem a liberação de opióides endógenos favorecendo o alívio da dor.
Outra opção também são exercícios associados a crioterapia (uso do gelo). O uso do gelo reduz a inflamação, diminui edemas e hematomas. As indicações para o uso do gelo são de no máximo 15-20 minutos.
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Sobre a avaliação e tratamento do assoalho pélvico – onde encontrar?
- Dra Fisioterapeuta Vanessa Marques – Site www.donnafisio.com
Sobre o programa online de exercícios para te ajudar a manter a condição física para o trabalho de parto (normal) – onde encontrar?
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- Gizele Monteiro – Personal Gestante e idealizadora do Programa Online Pós-parto em Forma